Concerto do Maxime (uma resenha)
Primeiro, como podem ler no título, usei a palavra resenha. Não volta a acontecer.Segundo, o concerto propriamente dito: teve mais de vinte pessoas em palco, tal como prometido. Infelizmente não se cumpriu o meu prognóstico -- de final de jogo -- que garantia haver mais pessoas em palco do que na assistência. Estava cheio, o velho cabaret, abarrotava. E assim calaram-se as vozes perversas que diziam que, nos nossos concertos, a única assistência que teríamos seria médica (claro que apenas para as duas pessoas da banda que têm seguro de saúde).
Terceiro, voltemos ao concerto: dei umas notas erradas, confesso, mas em tempo de crise (inventada pelos media e pelo Rui Santos), as pessoas não desperdiçam oportunidades. Vi, apesar das luzes ofuscantes da ribalta, uma pessoa da plateia a enfiar essas notas no bolso. Uma pessoa pode ficar rica só de me ouvir tocar.
Quarto, convém salientar a disponibilidade da loja Geraldine que emprestou uns móveis para que a nossa aparência não fosse tão enfadonha. O mundo ficou ciente de que um sofá não faz milagres. Não é por acaso que não existe religião nenhuma à volta desse objecto.
Há que agradecer ao coro Musicarte. Sem eles não teríamos mais de vinte pessoas em palco e o universo, tal como a ciência o conhece, não seria o mesmo.
Sei que as pessoas gostaram muito, apesar das opiniões em contrário. E, resumindo, acho que foi o nosso melhor concerto.
Muito obrigado a todos os que foram. Aos que não foram, resta-lhes o gosto amargo de não terem gasto os dez euros do bilhete.
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